quarta-feira, 12 de maio de 2010

a casa (dos loucos) e a fuga da realidade

era uma casa
muito engraçada
não tinha teto
não tinha nada
ninguém podia
brincar nela não
porque na casa
não tinha chão
ninguém podia
dormir na rede
porque na casa
não tinha parede
ninguém podia
fazer pipi
porque pinico
não tinha ali
mas era feita
com muito esmero
na rua dos bobos
numero zero
Vinícius de Morais.
Pra mim, esse poema (sim, é um poema, e não somente aquela música que você escutava durante sua infância) é uma definição de um mundo imáginario, no caso, criado por Vinícius. Pois bem, pensemos à respeito: esta casa não pode ser real, certo? Mesmo sendo uma utopia, tanto a casa como seu endereço, possui coisas boas nela.
É como uma fuga da realidade. Um projeto de realidade ideal para a atualidade (rimou), porém utopia, visto que é uma perfeição (na minha opinião) e nunca poderá ser alcançado. É a casa dos loucos: a minha impossível casa.
É isso que eu estava pensando. Meios de fugir da realidade. Afinal o que é isso? Simples. Por exemplo: livros. Vamos pegar um livro bem conhecido: "O Senhor dos Anéis"; todos sabemos que não existe toda essa magia, essa realidade, etc, mas mesmo assim lemos tais livros como um meio de fuga da realidade.
Afinal, é muito mais agradável ler um livro sobre um mundo fictício e espetaculas do que ler à respeito de assuntos abortados nos jornais. Pelo menos para mim, é.
Com meus quase 15 anos, já entendo (ou acho que entendo) o mundo como ele é. Mantenho meus pés no chão. E é por esse motivo que me interesso por realidades fictícias.
Mas livros não são a única opção para quem quer escapar por alguns momentos. Fazer alguma coisa que você realmente goste, por exemplo. E é claro, as drogas.
A diferença de fugir do mundo como ele é com livros e com drogas é extensa. Para começar, livros, fimes, desenhar, são coisas saudáveis a se fazer, enquanto a sensação que uma pessoa tem quando se droga tem um custo benefício negativo em todas as maneiras possíveis.
Só para deixar claro, não estou me referindo ao vinho que acompanha sua refeição no almoço. Nem ao chopp que você toma com seus amigos aos sábados. E também não estou querendo dar uma de moralista, estou somente expressando minha humilde opinião no meu humilde blog.
Façamos uma hipótese. Imaginemos que nossa mente é como um jardim de flores. À cada informação que adquire, uma nova flor é plantada. Esse jardim não tem limites de crescimento, portanto cabe a você decidir se vai plantar mais flores. Com as drogas, as flores são arrancadas. Pessoas perdem suas vidas com drogas.
Não acho que a vida seja curta à ponto de você deixá-la passar sem perceber. A vida é longa, e sempre haverá tempo para consertar erros já cometidos. Só não conserta quem não quer.
Então é isso, essa é a mensagem que queria deixar aqui hoje, porque à minha volta vejo pessoas deixando a vida passar em baixo de seus respectivos narizes.
E uma observação especial para você, jovem que fica aí se preocupando com o que você vai injetar no sábado e como vai enrolar seus pais para passar a noite na rua. Pare e pense no que você está fazendo. Pense sobre seu futuro. Agora, você só se droga pois todos os seus amigos acham bacana e você também acha. Mais tarde, quando você for viciado, não terá o direito de lamentar pelo tempo perdido, pois não foi por falta de aviso. Coloque uma coisa em sua cabeça: você não para agora porque VOCÊ NÃO QUER. Quando quiser, já vai ser tarde.
Adeus jovens, espero que leiam com carinho o que fiz para vocês.

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